domingo, 6 de julho de 2008

NOTÍCIAS DA EMBRAPA MEIO-NORTE


Embrapa quer avançar com ações na Pré-Amazônia Maranhense

A Embrapa Meio-Norte, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, quer avançar com as ações do projeto do sistema de integração lavoura-pecuária à Pré-Amazônia Maranhense. A idéia, que nasceu de uma sugestão do próprio Governo do Maranhão, já tem diagnóstico e nome: Projeto de Geração, Validação e Transferência de Tecnologias para a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta na Pré-Amazônia Maranhense.

Um encontro para o mês de agosto próximo, já está sendo articulado pela Unidade e o Governo maranhense, com a perspectiva de uma ampla discussão sobre as condições do estado, à implementação do projeto. Segundo o pesquisador Raimundo Bezerra Neto, um dos articuladores do encontro, serão discutidos temas como o desmatamento, produção de carvão vegetal, degradação de pastagens e o desempenho da pecuária.

Devem participar da reunião técnicos do Governo do Maranhão, agropecuaristas, representantes dos bancos do Nordeste, da Amazônia e do Brasil, das siderúrgicas instaladas na região, além de madeireiros. “A partir desse encontro, teremos subsídios para definir todas as ações do projeto”, garante o pesquisador. Esse projeto piloto será uma vitrine para ações inovadoras no sul do Pará e norte do Tocantins, que têm características similares à Pré-Amazônia Maranhense.

O PROJETO – A idéia do projeto é recuperar e manter todo o potencial das áreas agrícolas e de pastagens degradadas, aumentando a produção de carne, leite e grãos. Um trabalho será desenvolvimento também para desacelerar o processo de desmatamento da região, através de alternativas à produção de carvão vegetal, contribuindo, assim, à sustentabilidade da exploração agropecuária e ambiental.

No sistema integração lavoura, pecuária e floresta, o eucalipto é cultivado em consórcio com arroz, soja, milho, sorgo, amendoim, mandioca, mamona, girassol, aveia, trigo e cevada, dentre outros, em até três anos. Logo depois, é implantada a pastagem que continua produtiva até o período do corte da floresta. Segundo os pesquisadores, nesse sistema a receita das lavouras e da pecuária cobre os custos da implantação da floresta, premiando os produtores com uma poupança verde.

Ocupando o segundo lugar no ranking da produção de gado de corte do Nordeste – a Bahia é a primeira colocada -, o Maranhão tem oito municípios situados na Pré-Amazônia e que passam por um processo de degradação ambiental. São eles: Itinga do Maranhão, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, Açailândia, São Pedro da Água Branca, Vila Nova dos Martírios, Ceilândia e São Francisco do Brejão, que juntos têm uma população superior a 200 mil pessoas.

Segundo o diagnóstico, há duas explicações para o desmatamento na região: a demanda de carvão vegetal para atender as indústrias de ferro gusa e a pecuária extensiva, sem a devida preocupação com a preservação dos recursos naturais, o que resulta na degradação do meio ambiente.

Jornalista Fernando Sinimbu
Registro 654 MTb/PI
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fernandosinimbu@cpamn.embrapa.br
Embrapa Meio-Norte
Teresina - Piauí


Artigo indicado pelo Membro INOVAGRI sediado no Piauí, José Augusto Sousa de Oliveira (Cabeça)

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